quinta-feira, 3 de julho de 2014

Atração sexual

A ciência dá um empurrão para que desconhecidos se apaixonem.

Do ponto de vista da biologia evolutiva, os opostos se atraem

Os vertebrados têm um grupo de genes chamado Complexo Principal de Histocompatibilidade (CPH), responsável pelo sistema imunológico. 

Um estudo realizado na Universidade do México indicou que o CPH influencia os odores corporais e que homens e, principalmente, as mulheres são atraídos por complexos diferentes dos seus. 

Isso evitaria a reprodução entre pessoas da mesma família e garantiria maior variedade genética, tornando os filhos mais resistentes a doenças. Quanto maior a variação de CPH, mais chance ele tem de reconhecer invasores. Mas ninguém vai ficar com um mala só por causa disso, claro.

Fase de ovulação
Uma pesquisa da Universidade do Texas concluiu que na fase da ovulação da mulher, elas identificam o bonitão, fortão e pegador como bom pai e marido, capaz de produzir filhos saudáveis, cozinhar e lavar a louça. 

É como se os hormônios tirassem de jogo qualquer vestígio de razão e fizesse prevalecer o instinto. 

Fora do período fértil, os outros podem ter alguma chance.

Como o cérebro processa a atração
Começa do mesmo jeito que acontece quando você vê um prato de comida que você gosta.

O primeiro approach é no córtex porque tudo é desencadeado com o estímulo da visão, do olfato e da audição.

A atividade do córtex pré-frontal também é intensa, já que existem decisões racionais a serem tomadas: se o outro agrada, se parece ser boa gente.

Quando o conjunto é agradável para você, entra em ação o sistema límbico, estruturas cerebrais na região do hipotálamo e do hipocampo, nas áreas temporais. O hipotálamo e o hipocampo, modulados por neurotransmissores, são responsáveis pelas sensações agradáveis.

Humanos liberam feromônios para atrair parceiros
Liberamos algumas substâncias químicas pela transpiração que permitem o reconhecimento sexual mútuo. 

Teoricamente no período da ovulação, as mulheres conseguem identificar pelo odor um cara viril. E o cheiro delas seria mais forte nessa fase, para também atrair um parceiro. Mas, na prática, nossa capacidade olfativa não é tão capaz de reconhecer essas sutilezas como faziam muito bem nossos ancestrais.
Fonte: Super Interessante: 101 perguntas curiosas sobre sexo. São Paulo: Editora Abril, Agosto de 2012.


terça-feira, 1 de julho de 2014

Musculação para adolescentes

A modalidade já foi contra-indicada para os adolescentes porque provocaria danos no seu desenvolvimento.

“Mas se o exercício for bem orientado e a carga for adequada ao corpo, não tem problema”, diz o médico do esporte Ricardo Galotti, da Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte e do Sport Club Corinthians Paulista.

“É importante que os professores fiquem de olho na postura dos alunos durante os movimentos”, diz o fisioterapeuta Franscisco Miguel Pinto, do Rio de Janeiro.

“O alongamento antes e depois é obrigatório”, lembra Ricardo Galotti.
“Tem que respeitar um intervalo de 48 horas entre uma sessão e outra de exercícios para os mesmos músculos”, acrescenta o professor de educação física Christiano Bertoldo, da Universidade de Taubaté.

A Academia Americana de Pediatria indica esse tipo de exercício para quem tem no mínimo 15 anos. Para Christiano Bertoldo, até pré-adolescentes de 9 anos já podem começar a fazer exercícios com pesos, mas devem seguir um programa específico para eles.

O adolescente só deve praticar musculação após passar por uma avaliação médica que, aliás, precisa ser repetida periodicamente.
Mais do que nunca, a avaliação deve ser individualizada, já que os jovens não se desenvolvem todos no mesmo ritmo.

“Uma lesão na cartilagem de crescimento de um osso às vezes provoca comprometimento para sempre”, alerta o ortopedista Ricardo Cury. “Isso sem falar em danos nos ligamentos, nas articulações, nos músculos e até nas fraturas por estresse”, acrescenta Alexandre Hammer Calixto, coordenador do departamento de educação física do colégio paulistano Visconde de Porto Seguro.

Feita como manda o figurino, a modalidade ajuda o adolescente a crescer firme e forte.  

“Os exercícios com peso estimulam os osteoblastos, células do esqueleto envolvidas no ganho de massa óssea”, explica Christiano Bertoldo. “Esse tipo de treinamento também ativa a secreção de hormônios, como o do crescimento, tão importante nessa fase da vida.”

O aumento de força e a melhora da resistência muscular contribuem para diminuir os riscos de lesões em outros esportes e mesmo no dia a dia.

Problemas posturais, tão comuns entre os adolescentes por causa do estirão, também podem ser corrigidos – com exercícios certos, é claro.

Fonte: Revista Saúde! É Vital. Novembro/2006.


sábado, 21 de junho de 2014

5 Curiosidades sobre a camisinha

Preservativos bizarros
A campeã é a que brilha no escuro. 
As coloridas e as com textura, que aumentam a zona de atrito sem machucar, são as mais comuns entre as diferentonas. 


Tem também as com a imagem da banda Kiss e do Obama e outra com um anel fosforescente que indica o lado de colocar. 

Em alguns sites é possível customizar a embalagem, colocando a sua foto, por exemplo.

Sensibilidade
A camisinha tira a sensibilidade, minimamente, porque diminui a área de atrito entre o pênis e a vagina. 

Camisinhas mais grossas são inclusive prescritas no tratamento de ejaculação precoce. Para maioria, os modelos ultrafinos de hoje tornam o efeito imperceptível.

Camisinha com sabor
Camisinhas com sabor não engordam, porque não tem calorias, apenas um tipo de flavorizante. 

Já os géis, as calcinhas e as cuecas comestíveis, feitas de gelatina, podem conter até 10 calorias, quantidade incapaz de causar ganho de peso ou obrigá-lo a maneirar na pizza. O gasto calórico do ato sexual compensa o que se ingere.

Escapulida
Se a camisinha escapar dentro do canal vaginal, ela não pode chegar ao útero. Mas o esperma que há dentro dela chega. O orifício de comunicação do útero com a vagina é muito estreito. A camisinha que escapou fica no canal – se não puder ser retirada com o dedo (limpo), é preciso ir até o médico para que ele a remova.

Alergia
Elas podem desencadear o processo em pessoas alérgicas ao látex. “Mas não é muito comum. Quando surge a irritação, normalmente é porque a camisinha escolhida não se adapta bem ao pênis e gera atrito”, diz Wagner Ávila, urologista da Sociedade Brasileira de Urologia. 

Alguns lubrificantes e componentes que dão sabor também podem causar o problema. 
Algumas marcas produzem uma linha antialérgica, que leva, no lugar do látex, o poliisopreno, uma borracha sintética.

Fonte: Super Interessante: 101 perguntas curiosas sobre sexo. São Paulo: Editora Abril, Agosto de 2012.

quinta-feira, 19 de junho de 2014

Camisinhas: Como são testadas pelos fabricantes

Elas enfrentam verdadeiras sessões de tortura. 
A borracha sofre um processo de vulcanização para ficar ultra elástica sem perder a resistência, e recebe compostos químicos. 
Depois é colocada sobre moldes de vidro e seca. Todas são testadas eletronicamente. Outras são escolhidas aleatoriamente para passar por mais testes – se uma é reprovada, o lote vai junto.

Eletrocutadas
Todas passam por uma máquina que aplica nelas uma corrente elétrica. Se a energia não percorrer a superfície, sinal de que não há furinhos. As reprovadas são descartadas.

Infladas
Outro teste é o de insuflação: a camisinha tem que aguentar mais de 25 litros de ar. 

Se estourar em algum momento do processo, já foi tarde.


Afogadas
Elas recebem água e são torcidas na ponta para o líquido não escapar. Depois, são enroladas em papel absorvente. Se ele umedecer, é porque as candidatas são uma furada.

Cozidas
Dentro de uma estufa de camisinhas, 72 horas passam devagar: equivalem a cinco anos de vida delas. É o teste de envelhecimento ou durabilidade.

Fonte: Super Interessante: 101 perguntas curiosas sobre sexo. São Paulo: Editora Abril, Agosto de 2012.


segunda-feira, 16 de junho de 2014

Operação de troca de sexo

O termo cientifico correto é cirurgia de transgenitalização, porque ninguém entra em um hospital com um sexo e sai com outro.

Fora a operação genital, existem várias outras de adequação para mudar a fisionomia do rosto, tornando-o mais feminino ou masculino; modificar o contorno do tórax, retirando as mamas ou implantando próteses de silicone; eliminar o pomo de adão nos homens.

Estima-se que sejam realizadas aproximadamente 50 transgenitalizações feminilizantes por ano no Brasil pelo SUS (Sistema Único de Saúde). As masculinizantes são raras. 

Nos dois casos, antes de conseguir autorização, é preciso ter mais de 21 anos e passar por um acompanhamento médico e psicológico por dois anos.

De homem para mulher:
O cirurgião faz um corte no saco escrotal e no pênis, tomando cuidado para não prejudicar o sistema urinário, que é encurtado.
O tecido cavernoso e os testículos, responsáveis pela produção dos hormônios masculinos, são removidos. O clitóris é construído com base na glande, o prepúcio gera os pequenos lábios, o escroto se transforma nos grandes lábios.
A neovagina é feita com a inversão da pele da haste peniana. Usa-se um alargador para modelar o canal.

De mulher para homem:
A ingestão prévia de testosterona diariamente provoca o crescimento do clitóris, que atinge 6 centímetros, em média. Vai depender de cada organismo.
O neopenis é despregado do púbis e o canal da uretra é prolongado com tecido da própria vagina. A partir daí, o paciente consegue urinar em pé. O funcionamento é normal, com ereção e sensibilidade preservadas – mas o tamanho, bem pequeno, dificulta a penetração.
Os grandes lábios viram testículos e envolvem próteses redondas de silicone. Dá para construir o pênis com enxertos do corpo e uma prótese.

No livro o Cérebro em Transformação (Editora Objetiva), Suzana Herculano-Houzel, bióloga e neurocientista do Instituto de Ciências Biomédicas da UFRJ, diz que estudos demonstram semelhanças entre o cérebro de pessoas com a mesma preferência sexual. O hipotálamo delas responderia de maneira idêntica aos feromônios.

Até onde a ciência sabe, a preferência é determinada no começo da gestação por fatores biológicos, e não apenas genéticos. 

Mulheres e homens gays, por exemplo, teriam certas estruturas cerebrais, ligadas à sexualidade, iguais.

Portanto, o processo aconteceria ainda no útero e, durante a adolescência, o amadurecimento do cérebro levaria ao reconhecimento da sexualidade. 

Para a psicologia, não há consenso.

O que se afirma atualmente é que não se trata de uma opção, e sim de uma orientação sexual, assim como a bissexualidade e a heterossexualidade, explica a psicoterapeuta Sâmara Jorge, de São Paulo. O Conselho Federal de Psicologia estabeleceu, em 1999, que não se trata de distúrbio nem de perversão.

Fonte: Super Interessante: 101 perguntas curiosas sobre sexo. São Paulo: Editora Abril, Agosto de 2012.

sábado, 26 de abril de 2014

Aparelhos ortodônticos

Em grego, a palavra orthós significa correto, reto, direito. Odóntos, por outro lado, nada mais é do que dente. As duas se unem para formar a expressão ortodontia e não é à toa.
função do aparelho é aplicar uma força para movimentar os dentes e até mesmo modificar a forma dos ossos maxilares.

O tratamento ortodôntico, além de corrigir a postura dos dentes, deixa as pessoas mais satisfeitas consigo próprias. Portanto, mais felizes.

O aparelho ortodôntico removível é preventivo, realizando pequenos movimentos para, por exemplo, aproximar dois dentinhos e garantir espaço para que os demais dêem o ar da sua graça na posição normal. O seu uso exige disciplina. É usado nas crianças.

Os aparelhos fixos são ideais para os pré-adolescentes, adolescentes e adultos. Nessa altura do campeonato o organismo já está desenvolvido ou quase desenvolvido.
Em alguns casos, é necessário extrair alguns dentes para que se chegue a um resultado harmônico.

Modelos de aparelhos:
Estético é de cerâmica, de uma cor que se assemelha à do dente. Ou transparente, de plásticos especiais. São pretensamente estéticos porque aparecem nas fotos. No caso das mulheres, ficam manchados de batom. Além de serem mais caros, os aparelhos estéticos têm uma movimentação mais delicada. O ortodontista precisa de um tempo maior de manipulação e há alguns riscos na hora de removê-lo.

O modelo convencional, de aço inoxidável, além de mais barato, rápido e eficiente, se quebra com menos facilidade e a sua higiene é mais tranquila, além de não causar situações de constrangimento em público.

Técnica lingual é um bráquete de metal que fica por dentro da boca. Esse é estético. No entanto, causa muita dor. É como a língua permanecesse encaixada dentro dele. Aí ela vive cortada. Como não é possível fazer uma boa higienização, o índice de cárie é altíssimo. Quem usa esse aparelho tem dificuldade de beijar.

Invisalign é uma técnica importada. Nela, o caso é analisado por meio de um computador, que recorta o número de movimentos que o dente vai ter de fazer até alcançar o seu canto certo. Daí, uma série de placas duras e transparentes é fabricada para induzir essa movimentação. É indicada para quadros menos problemáticos, porém seu recurso é caríssimo.

Aparelho extrabucal vai por fora da boca, desempenhando uma função muito importante quando é preciso empurrar o molar lá para trás a fim de reacomodá-lo. Como causa constrangimento, é recomendado o seu uso dentro de casa. 

Em compensação, quando bem usado, o aparelho extrabucal é rápido, eficiente e excelente para a criança em fase de desenvolvimento. Mas tenha cuidado, pois pode atrair raios em dia de chuva.

Importante:

Se os pais possuem dentes mal posicionados, o mesmo pode ocorrer com os filhos. É pura genética. Alimentos pastosos prejudicam a articulação dos músculos da face, prejudicando o desenvolvimento das arcadas. O bico da mamadeira, a chupeta e outros hábitos também podem ter culpa nessa história.

Problemas na gengiva também podem acarretar dentes mal posicionados.
Haverá um leve incômodo na primeira semana, principalmente após a instalação de um aparelho fixo, porque o indivíduo sente a movimentação dos dentes.

Não existe um período determinado para ficar com o aparelho. Vai depender de cada caso. Mais de quatro anos, o tratamento é excessivo.

Fonte: BIBANCOS, Fábio. Boca!: Tudo o que você precisa saber para ter um sorriso saudável. São Paulo: Editora Abril, 2005.